sábado, 24 de abril de 2010

lugar e território

A idéia do primeiro poema postado traz questões sobre as quais a minha mente se deteve boa parte do tempo vivido até hoje.
O fato das ditaduras cotidianas, que a gente vivencia todo dia e a nossa possibilidade de intervir sobre estas, embora se tratem de comportamentos previamente estabelecidos que há toda uma rede social que favorece a sua perpetuação, é possível de ser modificada mediante atitudes individuais, decisões de pessoas, basta que o amigo solícito decida sair dessa situação, e decida outras formas de comportamento, podem ser tecidas novas relações... é isso que eu tô chamando de "lugar".
Já a segunda parte das ditaduras invisíveis, são imposições que estão imbricadas em uma rede de relações, que não dá pra mudar sozinho, não adianta decidir que não mais se submeterá ás regras de mercado... exige ações coletivas, estratégias articuladas entre pessoas, organizações, instituições...tem que mobilizar uma série de atores...e o pior tem que se relacionar com aquelas do "lugar"...pra causar qualquer mudança no território...
É uma postagem pra situar o porque desse espaço de diálogo! Que por enquanto é só um lugarzinho isolado!:)

terça-feira, 6 de abril de 2010

Divagações iniciais

Essas palavras para estréia do blog são para romper o gelo e conseguir expressar as idéias que sempre pensei que poderia escrever. Primeiro esse nome é fruto de uma mistura de possibilidades e principalmente da escassez de nomes ainda disponíveis no mercado de nomes de blogs...É uma inspiração de um livro do Galeano "Palavras andantes", no qual diversas passagens entre um conto e outro, são por ele chamadas de janela. Na mistura deu isso "Janelas em movimento". Segue uma das janelas que mais gosto:
Janela sobre as ditaduras invisíveis

A mãe abnegada exerce a ditadura da servidão.
O amigo solícito exerce a ditadura do favor.
A caridade exerce a ditadura da dívida.
A liberdade de mecado permite que você aceite os preços que lhe são impostos.
A liberdade de opinião permite que você escute aqueles que opinam em seu nome.
A liberdade de eleição permite que você escolha o molho com qual será devorado.
Eduardo Galeano, trecho do livro "Palavras Andantes"